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Swing: Felicidade ou Desafio? Uma Conversa Aberta sobre o Assunto



Sabe aquela curiosidade que a gente tem sobre o swing? Aquela prática que muita gente ouve falar, mas poucos realmente entendem? Eu mergulhei nesse universo para desvendar o que está por trás do mistério e do tabu. Meu objetivo aqui não é julgar, mas sim trazer informação de um jeito leve e direto.

Quero que a gente entenda que o swing não é uma fórmula mágica para a felicidade no relacionamento. Longe disso! É uma jornada que exige muito de nós: autoconhecimento, esforço e, principalmente, uma comunicação de ouro. Pense nele como uma exploração, não como um atalho.


Swing: Não é Bagunça, é Acordo!


Para começar, vamos entender o que é swing. Esqueça a ideia de "libertinagem". O swing é uma prática sexual consensual, onde um casal busca experiências com outras duplas ou pessoas, seja trocando parceiros, fazendo sexo em grupo ou apenas observando.

A grande diferença para outras formas de relacionamento aberto é que, no swing, o casal original geralmente mantém sua "prioridade" afetiva e sexual. É como uma "escapada controlada" que, para muitos, serve para apimentar a vida sexual sem abrir mão da base monogâmica. A emoção está justamente nessa "transgressão controlada".

É importante saber que o swing se diferencia de outras formas de relações não-monogâmicas consensuais. Por exemplo, o poliamor foca em construir múltiplas relações íntimas, afetivas e/ou sexuais, com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. No poliamor, a ideia é que haja liberdade afetiva, e não apenas sexual. Já o relacionamento aberto geralmente permite que os parceiros se envolvam sexualmente com outras pessoas, mas mantendo o relacionamento principal como o foco afetivo.

No swing, o foco principal é a troca de parceiros para experiências sexuais, e o casal central costuma manter sua primazia. O envolvimento emocional com terceiros é tipicamente limitado à interação sexual. As regras são claras e específicas sobre o que é permitido sexualmente, com muita discrição e consentimento contínuo. O objetivo comum é adicionar excitação e novidade à vida sexual do casal principal, quebrando a rotina. Socialmente, o swing é frequentemente visto como uma "transgressão controlada" e ainda carrega um forte tabu, o que leva à busca por discrição.

No poliamor, por outro lado, busca-se e aceita-se o desenvolvimento de laços emocionais e afetivos com múltiplos parceiros. Pode ou não haver hierarquia, mas a busca é pela equidade afetiva. Os acordos são complexos e dinâmicos, focando em tempo, emoções, ciúme e comunicação aberta. O objetivo é explorar a capacidade de amar e se conectar com múltiplas pessoas de forma ética e transparente. É visto como um desafio mais direto à monogamia e, embora ainda estigmatizado, tem um foco em identidade e ativismo.

No relacionamento aberto, a permissão é para envolvimento sexual com outras pessoas, mantendo o relacionamento principal. Geralmente, há um casal central com primazia afetiva, mas com abertura sexual. O envolvimento emocional com terceiros é um limite comum a ser negociado. As regras são definidas sobre interações sexuais externas, geralmente sem envolvimento romântico ou afetivo. O objetivo é permitir a exploração sexual individual ou conjunta, mantendo a base do relacionamento principal. É mais amplamente compreendido que o poliamor, mas ainda sujeito a preconceitos.

Mas, independentemente da definição, a base é sempre a mesma: consentimento e muita conversa. É preciso falar abertamente sobre fantasias, expectativas e, principalmente, limites. Esse diálogo constante é o que constrói a confiança e torna a experiência segura e enriquecedora.


Dois casais na cama

Os Lados Bons do Swing: O Que Pode Acontecer de Positivo


Quando feito com responsabilidade, o swing pode trazer surpresas boas para o casal. Pesquisas mostram que casais que praticam swing podem ter relacionamentos até melhores. Por que isso acontece?

  • A chama reacende! A rotina pode ser um inimigo. O swing, com suas novas experiências sexuais, pode trazer de volta aquela paixão e aventura que estavam adormecidas. É como dar um "up" na relação.

  • Mais prazer e conexão. Uma pesquisa em Portugal revelou que mais de 70% dos casais que experimentaram swing sentiram a relação mais feliz e satisfatória, tanto emocionalmente quanto sexualmente. Outro estudo confirmou: casais swingers mostraram mais felicidade, satisfação sexual e intimidade. Essa intimidade vai além do físico; é a conexão profunda que nasce ao explorar algo tão íntimo juntos.

  • Autoconhecimento e conversa de verdade. Para que o swing funcione, é obrigatório conversar sobre tudo: fantasias, limites, medos. Esse papo constante faz a gente se conhecer melhor e entender o que o parceiro quer. É um treino de comunicação que fortalece qualquer relacionamento.

  • Confiança e parceria lá em cima. Decidir praticar swing exige uma confiança enorme. Ao compartilhar algo tão vulnerável, o casal se sente mais unido, mais cúmplice. Superar medos juntos e celebrar novas descobertas pode solidificar a base da relação.

  • Liberdade para ser você. Para alguns, o swing é uma forma de explorar a sexualidade e a individualidade. É questionar o "tem que ser monogâmico" e encontrar uma autenticidade que liberta. A gente percebe que o relacionamento é uma escolha, não uma obrigação.


O Outro Lado da Moeda: Os Desafios e Armadilhas do Swing


Mas, calma lá! O swing não é um conto de fadas. Ele não é uma "poção mágica" para a felicidade e, se o relacionamento já tem problemas, pode até piorar a situação.

  • Falta de papo e expectativas diferentes. Se o casal não conversa muito sobre o que quer e o que não quer, a chance de dar errado é grande. Não basta falar; tem que resolver os problemas juntos. Guardar o que incomoda ou não renegociar os acordos é receita para frustração.

  • O ciúme, esse velho conhecido. Ah, o ciúme! Ele vai aparecer, sim. A ideia de que em relações abertas não existe ciúme é um mito. Ele é um sentimento complexo, muitas vezes ligado às nossas próprias inseguranças. Lidar com ele exige muito autoconhecimento e trabalho no relacionamento principal.

  • Um quer mais que o outro? Se um dos parceiros está mais empolgado com a ideia do que o outro, ou se um faz só para agradar, a coisa pode desandar. Já vi relatos de mulheres que foram para o swing para satisfazer o marido, o que levanta a questão do desejo genuíno.

  • O peso do preconceito. Mesmo com a mente mais aberta hoje, o swing ainda é um tabu. Quem pratica pode ser visto de forma negativa, como "menos comprometido" ou "menos capaz de ser pai/mãe". Isso pode gerar culpa e angústia. Por isso, muitos casais preferem manter a discrição, vivendo uma "vida dupla" para evitar o julgamento social.

  • A comunidade nem sempre é perfeita. Dentro dos próprios grupos de swing, podem surgir problemas: falta de respeito às regras, gente invasiva, ciúme, inveja e até competição. Alguns criticam a "comercialização" do swing, que virou uma "competição para comer a mulher dos outros".

  • Não é para salvar casamento em crise. Se o relacionamento já está balançando, o swing não vai ser a boia salva-vidas. Pelo contrário, pode ser o empurrão final. Ele exige uma base sólida de confiança e um relacionamento já saudável para funcionar. Se o casamento não vai bem, talvez a terapia de casal seja o primeiro passo.


Comunicação, Limites e Consentimento: Os Pilares Inegociáveis


Se você pensa em swing, precisa ter em mente três palavras-chave: comunicação, limites e consentimento. Sem elas, o que poderia ser uma aventura vira um pesadelo.

  • Comunicação: O combustível da relação. Antes de qualquer coisa, sente-se com seu parceiro e conversem sobre TUDO: fantasias, medos, expectativas e, claro, os limites. E essa conversa não é só uma vez! É um diálogo constante, antes, durante e depois de cada experiência. A psicóloga Marina Roty diz que o sucesso depende de "muita conversa e confiança". Não é só falar o que sente, mas resolver os problemas juntos e se comprometer. Se algo incomoda, tem que ser dito e ouvido. A Comunicação Não Violenta (CNV) pode ser uma ótima ferramenta para isso, ensinando a observar, sentir, identificar necessidades e fazer pedidos claros.

  • Limites: As regras do jogo. Cada casal cria suas próprias regras. O que pode? O que não pode? Beijar? Sexo oral? Estar sempre à vista um do outro? E o mais importante: essas regras não são fixas! Elas podem e devem mudar conforme o casal evolui. O respeito aos limites é sagrado. No universo swinger, o "não" é absoluto. Se alguém não quer participar ou quer parar, a resposta é sempre "sim, ok", sem questionar. Ninguém toca em ninguém sem convite claro. É isso que diferencia o swing de qualquer bagunça.

  • Consentimento: Sempre e a todo momento. O consentimento no swing não é dado uma vez e pronto. Ele é contínuo e dinâmico. A cada passo, a cada nova interação, o "sim" precisa ser reafirmado. E pode ser retirado a qualquer momento, por qualquer motivo, sem precisar explicar. Ficar atento aos sinais, verbais e não verbais, é essencial para que a experiência seja positiva e consensual para todos. E, claro, discrição e respeito à privacidade dos outros casais são fundamentais para um ambiente seguro.


O Que a Pesquisa nos Diz: Luzes sobre o Swing


O que a ciência e a sociedade dizem sobre o swing?

  • Na cabeça e no coração. Psicólogos e sexólogos veem o swing como uma forma de reacender a paixão. É uma exploração da sexualidade a dois que pode fortalecer o vínculo. Mas, para dar certo, o casal precisa estar em sintonia e ir com calma. E aqui entra a maturidade emocional. É saber lidar com as próprias emoções e as do parceiro, trabalhando juntos, mesmo quando o ciúme aparece. O ciúme, aliás, é um desafio que exige autoconhecimento e muita conversa. Alguns chegam a sentir "compersão", que é a alegria pela felicidade do parceiro com outra pessoa – uma superação do ciúme!

  • No olhar da sociedade. Sociologicamente, o swing é diferente do poliamor. Enquanto o poliamor busca desafiar a monogamia de forma mais aberta, o swing muitas vezes acontece de forma mais discreta. Muitos swingers mantêm a aparência de um casamento monogâmico "normal" para aproveitar os benefícios sociais de estar dentro da norma. A ideia não é mudar o mundo, mas viver a sexualidade de forma mais livre, mas sem expor a vida pessoal para todo mundo. Para muitos, o swing não é uma revolução contra a monogamia, mas uma forma controlada de explorar o desejo sem abrir mão do status social.


Histórias Reais: Nem Tudo é Perfeito, Nem Tudo é Ruim


Ouvi muitas histórias de casais que se aventuraram no swing, e elas são bem variadas.

  • Histórias de sucesso. Muitos casais contam que o swing renovou a relação, aumentou a intimidade e o prazer sexual. Conheci um casal que vive uma relação liberal há 14 anos, com regras bem claras e que podem ser mudadas, sempre com muita conversa e consentimento. Para eles, o swing ajudou a desconstruir a ideia de "alma gêmea" e a buscar uma felicidade mais real.

  • Os perrenges. Mas nem tudo são flores. Uma pesquisa com uma comunidade online de swing mostrou que mais de 55% dos participantes tiveram experiências negativas, e os casais foram os mais insatisfeitos. As reclamações? Gente que não respeita as regras, abordagens invasivas, ciúme, inveja e até competição. Alguns se frustraram com a "comercialização" do swing, que virou uma "competição para comer a mulher dos outros". Outro desafio é o ciúme, principalmente quando a coisa evolui para encontros individuais, onde o envolvimento emocional pode ser maior. O medo de perder o controle ou de o parceiro se apaixonar por outra pessoa é real e difícil de lidar. Em alguns casos, casais precisaram pausar o swing e procurar terapia, percebendo que a prática não era a solução, mas sim um espelho de problemas que já existiam.


Conclusão: Uma Jornada de Autoconhecimento e Responsabilidade


Então, o que aprendi sobre o swing? É uma prática complexa, que pode ser incrível ou um grande desafio, tudo depende de como o casal lida com ela. Não é uma "receita de bolo" para a felicidade, nem um atalho para resolver problemas no casamento. É uma jornada que exige muito de nós: autoconhecimento, conversa e respeito.

Sim, o swing pode reacender a paixão, aumentar o prazer e aprofundar a intimidade, mas só se houver sintonia e um desejo verdadeiro dos dois lados. E, claro, se o casal souber definir limites, se comunicar de forma clara e lidar com o ciúme. A maturidade emocional é fundamental aqui.

Socialmente, o swing muitas vezes funciona como uma "escapada" dentro da monogamia, permitindo a exploração sexual sem quebrar as regras sociais publicamente. Essa discrição mostra o quanto ainda existe um estigma.

As histórias reais, tanto as boas quanto as ruins, deixam claro: swing não é para todo mundo, e não vai salvar um casamento em crise. Pelo contrário, pode até piorar. A chave para uma experiência positiva é a honestidade total entre os parceiros, a capacidade de renegociar acordos e a coragem de parar se a prática estiver causando mais dor do que prazer.

No fim das contas, o swing é um convite para olhar para dentro de si e para a dinâmica do seu relacionamento. É um espelho que mostra a saúde da sua união e a sua própria maturidade. Se você pensa em embarcar nessa, prepare-se para um mergulho profundo, com muito diálogo, limites bem definidos e um consentimento que nunca falha.

 
 

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